Governação Dialógica
Curso 'a prática do diálogo'
Prática são as actividades que se repetem para atingir uma determinada experiência (e.g. yoga). Diálogo é um fluxo (dia) de significados (logos). A ‘prática do diálogo’ são as actividades que se repetem para atingir a experiência de um fluxo de significados entre os participantes de uma conversa, de um diálogo. A prática do diálogo são as actividades que nos permitem desenhar, convocar, acolher, realizar ‘conversas que importam’, ‘conversas que transformam’, ‘conversas em que posso ser quem sou’.
Questões fundamentais
Como recuperar o hábito de ter conversas verdadeiras, autênticas, que dão significado à nossa Vida (talvez à volta da fogueira ;-) ?
O que é a prática do diálogo e quais os seus princípios ?
Que competências são necessárias para a prática do diálogo ?
Que padrões de acção e estruturas de interação emergem na prática do diálogo ?
Qual a arquitectura (invisível) da prática do diálogo e o que são campos de conversação ?
Como convocar, desenhar e facilitar diálogos ?
Que técnicas posso usar ?
O que é uma liderança dialógica e como pode servir-me (e à humanidade) ?
Sobre o curso
Baseado em diálogo
Em círculo de 1, 2, 4, todos
Aprender fazendo
Investigação-ação
Ligação com a natureza (diálogo com a natureza)
Alimentação 100% vegetal, biológica (diálogo com o nosso corpo)
Facilitado por um homem e uma mulher (diálogo entre polaridades)
Prática contemplativas (e.g. mindfulness, journaling)
Economia da generosidade (http://upaya.pt/economia-generosidade)
Transparência nas contas do curso (receitas, custos e aplicações)
Livre de plástico e com gestão de resíduos, incluindo compostagem
Sobre o diálogo
‘O diálogo está para um grupo/ equipa como o mindfulness está para o indivíduo’ como refere Otto Scharmer, estudioso do diálogo, professor no MIT, autor da Teoria U e fundador do Presencing Institute. O mindfulness é o que permite ao indivíduo estar desperto (‘aware’) de quem é em cada momento e agir de forma consciente. O diálogo é o que permite a um grupo/ equipa ter uma acção consciente, abraçar o desconhecido, resolver os conflitos, criar novos significados, novos sonhos. Conhecer-se a si própria, ver-se ao espelho. É uma teoria, é um método (ou um conjunto deles), é uma prática. É uma forma de estar na vida. É uma conversa com centro, sem lados. ‘A arte de pensar em conjunto’, como refer W. Isaacs.
Para quem é este curso ?
Facilitadores, hosts e coachs de processos em grupo
Gestores de projecto e consultores organizacionais
Empreendedores, líderes e gestores de equipas colaborativas que tem interesse na auto-organização e auto-gestão
Pessoas que estão implicadas na criação, suporte e desenvolvimento de comunidades (e.g. territoriais, corporativas, digitais)
Líderes religiosos/ tradições, políticos, educadores
Objectivos de aprendizagem (2 dias)
4 princípios do diálogo e patologias do pensamento
4 competências do diálogo e respectivas práticas individuais e colectivas
Técnicas do diálogo (e.g. círculo, objecto-falante, centro)
Distinção entre debate, diálogo
Diálogo comigo próprio e o journaling
Principais papéis e formas de participação
Tipos de linguagem e paradigmas sistémicos
Contentores para o diálogo e suas principais variáveis
Campos de conversação e seus atributos
O valor do silêncio na prática do diálogo
Os elementos de desenho do diálogo
Convocar, desenhar, anfitriar e facilitar
Diálogo como meta-modelo de outros métodos
Principais modelos de diálogo
Referências
David Bohm, On Dialogue
William Isaacs, Dialogue: The Art of Thinking Together
Christina Baldwin, Circle Way: A Leader in Every Chair
Jack Zimmerman, The Way of Council
Informações gerais
Datas: a definir
Valor: a definir
Número mínimo de participantes: 10
Número máximo de participantes: 20
Alimentação: biológica, 100% vegetal, incluído no valor do curso
Lingua: Português (possibilidade em Inglês)
Local: a definir
Indumentária: informal, adequada à época (meias para andar sem sapatos)
Material: caderno, caneta e garrafa c/ tampa para água
Manifestação de interesse para
Marco de Abreu, marco@marcodeabreu.com, 932 507 571
Ana Rodrigues, anarodrigues.jsm@gmail.com, 912 529 377
Facilitadores
Marco de Abreu, co-fundador da The Life Wizardry Nest
Pessoa por inteiro. Pai de 3 crianças entre os 5 e os 12 anos, companheiro numa relação amorosa há mais de 23 anos, nascido no Funchal há quase meio século, apaixonado pelo diálogo, métodos colaborativos e liderança dialógica há mais de 10 anos. Facilitador, empreendedor e mentor evolucionário. Iniciador da Comunidade de Empreendedores Evolucionários João Sem Medo e de mais de 12 aventuras entre empresas, associações e cooperativas. Deformado em engenharia informática pelo IST em 1994, fez mestrado em sistemas distribuídos (internet) e passou pelo doutoramento em engenharia e desenho organizacional. Fez Foundation Program do Presencing Institute (diálogo e teoria U), o Art-of-Hosting (circle way, OST, WC, Pro-action café), Curso de Iniciativas de Transição da Transition Network (way of council, OST, World Cafe) e o Open Heart (Forum), formação específica em Coaching Ontológico, Open Space, World café, Comunicação Não Violenta, Mindfulness, Inteligência emocional e sombra (individual e colectiva).
Ana Rodrigues, facilitadora convidada
Pessoa por inteiro. Mãe de um jovem adulto, companheira numa relação amorosa há mais de 29 anos, nascida em Lisboa há 47 anos, apaixonada pelo diálogo, métodos colaborativos e liderança dialógica há mais de 4 anos. Facilitadora, empreendedora evolucionária. Membro da Comunidade de Empreendedores Evolucionários João Sem Medo. Co-criadora da Agência de Publicidade Toranja. Deformada em filosofia pela FLUL em 2011. Fez ‘Recreio do Empreendedor Evolucionário’, ‘Brincando ao Diálogo’ ‘ Brincando a Conversa Não Violenta’, ‘Brincando ao Search Inside Yourself’ da João Sem Medo, Facilitação de círculos de mulheres pela EDT, formação específica em Coaching Ontológico, Ulab, World café, Mindfulness, Inteligência emocional e sombra (individual e colectiva).
Testemunhos
Madalena D’Orey, Principal Dreamer, Terra dos Sonhos
“O curso do diálogo para mim foi uma descoberta de como tudo é diferente, quando escolho criar espaço dentro de mim para me escutar e assim poder falar através da voz do coração. Foi também um espaço onde a suspensão do julgamento se tornou uma descoberta com todas as vantagens que isso tem. Obrigada Marco por me teres permitido ir ao meu EU autentico e por me teres despertado para a importância do dialogo.”
Diogo Cordeiro, Facilitador
“Praticamente 5 anos depois de ter participado no módulo do Diálogo, contexto do recreio de liderança com Marco de Abreu, ainda vou pensando sobre o "estágio" de diálogo em que estou quando converso com alguém. Sobre a qualidade da conversa em curso. Sobre qual o papel que quero ter nessa conversa, e o contexto da mesma.
E sobre como é importante "suspender o julgamento" (em relação a mim e aos outros) para deixar vir o "novo", para descongestionar a Vida !
Isso é também possível porque o Marco estruturou e facilitou um espaço de aprendizagem diversa e envolvente, que permitiu conhecer-me um pouco melhor e ir um pouco mais além, num contexto seguro e respeitando os ritmos de aprendizagem de cada um."
Teresa Almeida, Facilitadora, Fundadora e CEO da We Count
“O curso de Diálogo contribui bastante para o meu desenvolvimento pessoal, pois permitiu como pessoa perceber a importância de ter um espaço seguro para falar com autenticidade e sem julgamentos com presença e desenvolver a escuta de mim própria e dos outros para ter conversas com significado. Por outro lado foi um programa que me permitiu conhecer e aprofundar as competências necessárias para a facilitação não só de diálogos como outros processos colaborativos onde a importância de criar um campo seguro que integra todos os participantes e convida a que sejamos autênticos para co-criar com os outros com presença e escuta.”
Rafaela Nogueira, Terra dos Sonhos
“Este curso fez-me perceber acima de tudo o respeito que é preciso ter por nós próprios e pelas nossas fragilidades. Ensinou-me a importância de quebrar os preconceitos e suspender o julgamento.
Fez-me olhar para dentro e ver exactamente o que preciso ‘trabalhar’. Percebi também o impacto que a minha escuta ou ´não escuta’ pode ter nos outros.
Aprendi a falar sobre mim a dizer 'eu' e não 'nós', como protecção ao que estou a sentir.”